Você já ouviu falar sobre gestão de identidades? Imagine que sua empresa é um grande edifício. Todo dia, diversas pessoas entram e saem: funcionários, fornecedores, clientes e prestadores de serviço. Agora, pense no que aconteceria se qualquer um pudesse abrir as portas e circular livremente pelos corredores sem qualquer tipo de controle. Soa como um problema, certo?

No mundo digital, essa analogia faz total sentido. Cada sistema, aplicativo ou banco de dados dentro de uma organização precisa garantir que apenas as pessoas certas tenham acesso às informações corretas. E é exatamente aí que entra a gestão de identidades e acessos (IAM – Identity and Access Management).

Mas como garantir que ninguém esteja acessando o que não deve? Como evitar brechas de segurança sem complicar a vida dos usuários? Vamos falar sobre isso.

O que é a gestão de identidades e acessos?

Em poucas palavras, a gestão de identidades e acessos nada mais é do que o conjunto de políticas, processos e tecnologias que garantem que apenas as pessoas autorizadas tenham acesso aos sistemas, redes e dados da empresa.

Não se trata apenas de criar logins e senhas, mas sim de administrar quem pode acessar o quê, quando e de que forma. Isso envolve:

  • Autenticação: verificar se a pessoa é realmente quem diz ser (como ao inserir login e senha ou usar autenticação multifator).
  • Autorização: determinar o que cada usuário pode acessar dentro do ambiente corporativo.
  • Provisionamento e desprovisionamento: criar e revogar acessos automaticamente, garantindo que ex-funcionários ou terceiros não permaneçam com permissões desnecessárias.
  • Monitoramento e auditoria: acompanhar o comportamento dos acessos e identificar possíveis ameaças ou acessos suspeitos.

Ou seja, se feito corretamente, esse processo reduz riscos, melhora a segurança dos dados e ainda evita dores de cabeça para equipes de TI e compliance.

Por que a gestão de identidades é um desafio para as empresas?

Por que a gestão de identidades é um desafio para as empresas?

Quando a empresa é pequena, com poucos funcionários e poucos sistemas, administrar acessos manualmente até pode ser viável. Mas conforme a organização cresce, a coisa começa a ficar complicada. E rápido.

Aqui estão alguns desafios que muitas empresas enfrentam quando não têm uma gestão de identidades bem estruturada:

1.     Excesso de acessos desnecessários

Você já ouviu falar do privilégio mínimo? A ideia é que cada usuário tenha acesso apenas ao que realmente precisa para o seu trabalho. Mas na prática, muitas empresas acabam concedendo permissões excessivas. O problema? Isso cria portas abertas para ataques cibernéticos e vazamento de informações sensíveis.

2.     Ex-funcionários com acesso a sistemas corporativos

Imagine um colaborador que foi desligado da empresa, mas seu e-mail e seu acesso ao sistema financeiro continuam ativos. Isso não é só um risco de segurança, mas também um problema de conformidade com leis como a LGPD.

3.     Senhas fracas e reutilizadas

A cena é comum: um funcionário cria uma senha simples, fácil de lembrar, e a usa para acessar e-mails, sistemas internos e até aplicativos pessoais. Se essa senha for comprometida em um vazamento, um invasor pode usá-la para acessar os dados corporativos sem que ninguém perceba.

4.     Falta de visibilidade sobre quem acessa o quê

Sem um bom controle de identidades, muitas empresas simplesmente não sabem quem está acessando seus sistemas. Se houver uma tentativa de invasão ou vazamento de dados, a falta de registros dificulta a identificação do problema e a tomada de medidas corretivas.

5.     Desafios do trabalho remoto e híbrido

O modelo de trabalho mudou. Hoje, colaboradores acessam sistemas corporativos de dispositivos pessoais, redes públicas e diferentes partes do mundo. Isso exige um controle de acessos muito mais refinado para evitar riscos de segurança.

O que acontece quando a gestão de identidades falha?

Os impactos da falta de controle sobre identidades e acessos vão muito além de uma senha perdida. Algumas consequências comuns incluem:

  • Aumento no número de ataques cibernéticos: hackers exploram acessos mal gerenciados para roubar dados ou aplicar golpes.
  • Exposição de informações sensíveis: dados financeiros, estratégicos ou de clientes podem cair em mãos erradas.
  • Multas e problemas regulatórios: empresas que não protegem corretamente os acessos podem ser penalizadas por leis como a LGPD.
  • Prejuízo operacional: em um gerenciamento eficiente, usuários perdem tempo tentando recuperar acessos ou enfrentam bloqueios desnecessários.

Um exemplo real desse tipo de falha aconteceu com a Adobe, que enfrentou um ataque cibernético comprometendo informações de 153 milhões de usuários, incluindo IDs, senhas criptografadas e, em alguns casos, dados de cartões de crédito. Este incidente resultou em um acordo legal de US$ 1 milhão com 15 estados norte-americanos.

Como fortalecer a segurança de identidades na empresa?

Se esses desafios parecem familiares, a boa notícia é que existem maneiras práticas de melhorar a segurança dos acessos corporativos. Algumas medidas que fazem diferença:

  • Adotar autenticação multifator (MFA): isso evita que um invasor acesse um sistema mesmo que tenha a senha do usuário.
  • Implementar o conceito de privilégio mínimo: garantir que ninguém tenha mais acesso do que precisa para realizar seu trabalho.
  • Monitorar e auditar acessos constantemente: identificar atividades suspeitas antes que elas causem prejuízos.
  • Automatizar o provisionamento e desprovisionamento de acessos: evitar que ex-colaboradores ou terceiros mantenham permissões desnecessárias.

Uma empresa que controla bem quem acessa seus sistemas não só reduz riscos de segurança, como também melhora a produtividade e garante conformidade com normas de proteção de dados.

👉Aproveite para ver como funciona a gestão de segurança da informação na prática:

Gestão de identidades: um risco silencioso que sua empresa não pode ignorar

A gestão de identidades e acessos não é só um detalhe técnico – ela faz parte da segurança de qualquer empresa. Falhas nesse processo podem abrir brechas para ataques, vazamentos de dados e problemas regulatórios.

Por outro lado, quando bem estruturada, essa gestão reduz riscos, melhora a proteção de informações e ainda facilita a vida dos colaboradores, que acessam o que precisam de forma segura e sem complicação.

Na ipTrust, segurança da informação é o nosso foco. Atuamos com estratégias e tecnologias que ajudam empresas a fortalecer sua proteção contra ameaças cibernéticas, monitorar acessos e garantir conformidade com normas como a LGPD.

Se sua empresa ainda não tem um controle eficiente sobre identidades e acessos, talvez seja hora de repensar a forma como a segurança está sendo gerenciada. Afinal, quando o assunto é proteção de dados, esperar para agir depois de um problema pode sair muito mais caro.

Então, se você quer entender mais sobre segurança da informação e as melhores práticas para proteger sua empresa? Acesse o blog da ipTrust e confira mais conteúdos sobre cibersegurança.